Resumo
Em 2017, a chamada Reforma Trabalhista Brasileira, promoveu profundas
transformações nas relações entre empregadores e empregados, mas sobretudo, nos vínculos institucionais entre sindicatos e suas bases representadas. A aprovação da Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, sancionada pelo então Presidente da República Michel Temer, expôs a fragilidade do modelo sindical brasileiro e expôs uma crise de representação sindical sem precedentes no Brasil. O presente estudo tem por objetivo analisar as contribuições da governança para reestabelecer os vínculos institucionais entre os sindicatos patronais e suas bases representadas, após a reforma Trabalhista Brasileira da Lei 13.467/2017. Como base teórica, procura resgatar os conceitos de representação, representatividade, da crise de representatividade sindical e governança, contextualizando a regulamentação legal que moldou uma cultura paternalista e pouco empreendedora nos dirigentes e gestores sindicais. Para alcançar os objetivos propostos, serão utilizadas técnicas estatísticas para análise dos dados de pesquisa, tais como coeficiente de correlação, desvio padrão, percentagem, média, mediana, moda, análise de regressão, dentre outras. A pesquisa será realizada dentre um universo de 16.929 sindicatos existentes no Brasil, sobre os quais será aplicado critério de amostragem probabilística intencional com objetivo de restringir o universo pesquisado de forma a viabilizar a pesquisa, sem prejuízo à coleta de dados. O procedimento de coleta será por meio de questionários enviados por e-mail cujos dados coletados serão armazenados em médio digital para posterior análise estatística. Os resultados dos estudos pretendem confirmar a hipótese de que a ausência de governança no setor sindical contribuiu para a atual crise de representatividade e que a aplicação de mecanismos de governança podem contribuir para reestabelecer os vínculos institucionais entre sindicatos e suas bases.