Resumo
Esta dissertação busca descrever a convergência entre governança corporativa e
sustentabilidade sob a perspectiva da gestão do risco de crédito de um banco posicionado entre as maiores instituições financeiras da América Latina. Para essa
organização, o conceito de sistema de governança abarca assuntos relativos ao poder de controle e de direção, envolvendo interesses de natureza empresarial entre os acionistas, Diretoria, Conselho Fiscal, Auditoria e Conselho de Administração. Contudo, para a atividade na qual essa organização está inserida, gerir os riscos é vital à sua perenidade na medida em que precisa gerar resultados positivos para todo o sistema bancário, participando de um cenário complexo e com mudanças constantes, em que se faz necessária uma política de gestão de riscos robusta, em especial para a gestão do risco de crédito, tema desta dissertação. O objeto de pesquisa foi o Banco do Brasil S.A. e foi escolhida a pesquisa descritiva como procedimento, sendo um estudo de caso com enfoque qualitativo. Partindo do princípio da eficiência, relevância e proporcionalidade, a organização deve se comprometer com políticas de responsabilidade socioambiental, elaborando uma estrutura de governança da responsabilidade socioambiental de acordo com a natureza do negócio, as relações estabelecidas com públicos de interesses, a complexidade dos produtos, os serviços e o porte. Este estudo fornece informações relevantes sobre risco de crédito, governança corporativa e sustentabilidade. Os achados revelam a complexidade existente para atender a normas, leis e regulamentos que possuem influência direta nas políticas de risco de crédito da organização. Políticas, que em determinados momentos terão aspectos restritivos e que para sua adoção e disseminação se faz necessário uma estrutura para construção de um resultado sustentável que exerça a sua capilaridade por toda a organização. Conclui-se que a gestão do risco de crédito deve participar de todos os negócios, da cultura e dos normativos, para que possa obter um ambiente compatível com os objetivos estratégicos do banco, tendo como instrumento a governança corporativa, responsável por elaborar uma estrutura de governo compatível com as políticas determinadas. Complementando o entendimento sobre a importância de uma estrutura de governo compatível com suas políticas, merece destaque também a geração de legitimidade e a redução da assimetria das informações como aspectos marcantes da governança. Assim, com esse conhecimento conquistado, é possível elaborar estudos futuros que possam contribuir com a eficiência da estrutura de governo nas organizações.